quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Inclusão


Hoje estive pensando...pensando na inclusão...

Quando temos um bebê, desejamos, sonhamos, idealizamos aquela criança, fazemos planos e projetos até viajamos na imaginação (já prevendo o que aquela criança poderá ser quando adulta) quando nos deparamos com o bebê real, temos que parar, freiar nossos impulsos e creditar àquele ser uma chance de poder viver um dia de cada vez.Nos deparamos com uma realidade, a qual
não depende exclusivamente dos nossos sonhos projetos e desejos o desenvolvimento do nosso pequeno.Ele vai viver rodeado por outras pessoas com seus sonhos próprios, seus vícios e suas angustias, vai estar muitas vezes longe de nossos olhares atentos e protetores, as vezes ainda vai estar tão perto que seremos incapazes de enxerga-lo.
Assim é a vida a partir do momento que nosso pequeno tem a chance de respirar sozinho pela primeira vez, tem a liberdade de se expressar mesmo que de maneira instintiva. Passamos a ser comandados por aquele pequeno ser, que define então nossos horários, influência em nossas preferências e passa a ditar algumas regrinhas antes tão questionadas. Essa pessoa é tão especial que não nos damos conta de como ela mudou nossas vidas.
Se essa criança nasce perfeita aos olhos humanos é linda, se nasce perfeita ao olhos de seus pais, terá um longo e árduo caminho a trilhar. Essa é a diferença entre os ditos normais e os ditos especiais...o olhar do outro...
Temos o direito de escolher nossa profissão, nosso companheiro, nossos amigos, nossos bens, carros, casas, computadores, máquinas, só não podemos escolher nossos filhos e muito menos se serão perfeitos aos olhos do mundo ou serão sempre perfeitos aos nossos olhos...
Temos muitos direitos e deveres, temos o livre arbítrio, podemos escolher isso ou aquilo, mas assumimos também os risco dessa escolha .
Quando escolhemos pela maternidade juntamente com ela vem todas as consequências que nos seguirão pelo resto de nossas vidas, estando junto ou não de nós o pequeno.
Quando escolhemos nossa profissão, também definimos alguns pontos essenciais, mas em certas ocasiões nos deparamos com situações inusitadas.Essas podem ser experiências boas ou não, podem enriquecer nossas vidas ou marcá-las para sempre negativamente.Tudo depende do momento em que acontecem. Dependem do nosso olhar.
Querer, desejar e fazer para o outro o que eu gostaria que fosse feito por mim. Olhar para o outro com olhar de quem acolhe, independente de como ele é.
Assim deveria ser o príncipio da Inclusão, aceitar, valorizar cada conquistas, sem mensurar ou justificar os fracasos nas estereotipias ou nos trejeitos.
Inclusão é incluir e incluir é:encerrar;
inserir, meter dentro;
abranger, conter em si;
compreender...
Façamos da inclusão um ato de amor

terça-feira, 12 de agosto de 2008

De onde vêm os limites?

Tem pessoas que dizem pouco, mas nos fazem refletir muito.
Quem já não se deparou com uma situação constrangedora, ao descobrir que uma determinada pessoa, aparentemente normal, tinha um "problema"? Uma "diferença"?
Mas têm algumas, que não dá pra perceber, porque elas não são visíveis a olho nú.
No entanto, há muitas onde suas marcas parecem incomodar os menos instruídos e mais preconceituosos.
Suas limitações físicas chamam a atenção, causam espanto, ou mesmo motivo para chacota.
Muitas pessoas desviam, fazem comentários em tons de burburinhos ou preferem fazer de conta que nada vêem. E me parecem sortudos aqueles que não podem ver.
Há quem prefira acreditar na simplicidade absurda de que as dificuldades dessas diferenças, são maiores que as suas para se agarrar na mediocridade ingênua da superação da dor.
São essas pequenas diferenças, abrindo caminho para grandes conquistas que nos devem fazer repensar quais são os verdadeiros limites... Se eles estão dentro ou fora de nós? E a quem de fato pertencem?
Os limites estão num corpo sem movimento? Nos membros que atrofiam contra a própria vontade? Na visão que se perde ou que nunca se teve? Em não poder estender a mão, ou responder com um simples olhar?
Talvez, a maior deficiência esteja no rótulo do preconceito... onde isto ou aquilo me diferencia dos outros. Onde a ânsia de ser melhor, nos corrompe e alimenta um ego rei.
Não existe pessoa no mundo, que não tenha uma limitação. Disfarçada ou traduzida em medos e receios.
De onde vêm os limites? Do ontem, do agora e de todos os lados.
Depende exclusivamente de si mesmo, romper os padrões, escolher um caminho para ir além das pegadas.
Reconhecer que entre o limite e o ser, basta um passo a frente.

Deficiente X Eficiente



A DEFICIÊNCIA NÃO ESCOLHE PESSOAS COM MAIS OU MENOS PODER AQUISITIVO, NÃO ESCOLHE COR RAÇA, ETNIA, CREDO...

Aprender a amar as diferenças é o maior desafio do ser humano...
Não basta falar é preciso amar
Superar barreiras, vencer obstáculos, desafiar as limitações ....
Escolhemos a maneira de como ser feliz, independente da condição física, social, temos o poder de decidir pela felicidade.
Para muitos deficiência significa ser eficiente, pois, o desejo de vencer supera as limitações do corpo, ultrapassa as barreiras da ciência, vence os obstáculos do preconceito e acima de tudo derruba as correntes que poderiam prendê-lo ao conformismo...
A luta é diária, é constante é desgastante é quase ensurdecedora, mas é importante é valiosa, é inesgotável, cheia de brilho de vitórias de alegrias...
Ser deficiente em mundo competitivo não é fácil, mas ser eficiente em um mundo de limitações é uma vitória...